Web Summit 2025: Da presença à transformação
- HubsLisbon Azambuja

- Nov 12
- 3 min read

Bom dia.
Ontem deu-se o arranque oficial do programa da Web Summit 2025, com palcos e masterclasses a operar entre as 9h e as 17h, após a Opening Night de 10 de novembro.
Foi um regresso em força que consolidou Lisboa como hub internacional de inovação, com mais de 70 mil participantes, centenas de horas de conteúdo e uma rede intensa de encontros de comunidade, mentoria e investimento espalhados pela cidade.
China Summit: pontes estratégicas em tempos de reconfiguração tecnológica.
A grande novidade editorial deste ano foi a China Summit — com palco e programação própria — desenhada para discutir semicondutores, cadeias de valor, tarifas, investimento e modelos regulatórios, numa altura em que as relações tecnológicas sino-europeias atravessam reajustes profundos.O dia de hoje abriu estas conversas com decisores, indústria e media, sublinhando tanto a competição como as oportunidades de cooperação em I&D, talento e capital.
A escala do encontro:
• Participantes: 71.386 pessoas, de 157 países.
• Investidores: 1.857 de 86 países (máximo histórico; +74% face a 2024).
• Startups expositoras: 2.725 de 108 países, com 40% fundadas por mulheres.
• Meetups & “meets”: 400 encontros exclusivos durante o evento.
• Speakers: 869 oradores confirmados.
• Parceiros & Media: 320 organizações parceiras e cobertura por 2.100+ meios internacionais.

Estes números ajudam a explicar por que motivo a Web Summit é percecionada como plataforma de deal-making e internacionalização para startups, investidores e corporates — e reafirmam a visibilidade mediática global do encontro.
Para enquadramento público, a própria UE e várias entidades europeias destacam, este ano, mais de 800 oradores, 320 parceiros e 2.100+ meios de comunicação acreditados, alinhados com a escala anunciada pela organização.
Temas que dominaram o dia:
• IA aplicada e governança (produtividade, privacidade e modelos responsáveis).
• Hardware & semicondutores (resiliência de supply chains, talento e capital intensivo).
• Fintech & infraestruturas digitais (pagamentos, identidade, cibersegurança).
• Transição verde (eficiência energética, materiais, baterias e mobilidade).
• China–Europa (acesso a mercados, co-desenvolvimento e proteção de Proteção intelectual).

O que isto significa para os territórios?
Da presença à transformação a mensagem central que passa a semana é clara:
A vantagem competitiva já não é apenas atrair eventos, é converter exposição em capacidade instalada.
Para regiões e cidades, três linhas de ação emergem:
1. Especialização inteligente e testbeds
Definir domínios prioritários (ex.: saúde digital, agro-tech, oceano, energia) e abrir living labs que encurtem o ciclo entre pilotos e adoção.
A China Summit sublinhou o papel de pilotos industriais em semicondutores e eletrónica de potência; territórios que oferecem infraestruturas de teste e compras públicas de inovação aceleram time-to-market.
2. Talento & mobilidade internacional
Escalar programas de visas tech, bolsas doutorais industriais e acreditação de competências para captar equipas globais presentes na Web Summit. Em paralelo, políticas ativas de re-skilling em IA e cibersegurança ancoram a adoção nas PME locais.
3. Capital paciente e governação pró-inovação
Criar fundos coinvestidos com o privado e linhas de procurement para startups; simplificar licenças e sandbox regulatórios (fintech, energia, saúde).
O enquadramento europeu apareceu nas discussões como oportunidade para modelos de negócio mais transparentes — territórios que antecipem esta regulação ganham vantagem na atração de empresas compliance-ready.
Em síntese.
O 11 de novembro marcou um ponto de inflexão: Lisboa volta a ser palco de negociações concretas e narrativas globais sobre tecnologia, com a China Summit a oferecer um ângulo geoestratégico incontornável.
A escala impressionante de participantes, investidores, startups e media confirma o efeito de rede do evento; o desafio agora é territorializar esse efeito — transformá-lo em novas cadeias de valor, emprego qualificado e inovação aplicada nos setores prioritários de cada região.
Até já.
A equipa HubsLisbon Azambuja
















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